terça-feira, 1 de maio de 2012

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não tenho o poder da palavra. nunca a penduro na parede certa. não sei exprimir o meu sentido dela.
para mim a palavra é um desenho, até uma frase pode ser um desenho. sou como os chineses que lêem pequenos desenhos. falo pequenos desenhos tão figurativos quanto me é possível desenhá-los mas no fim tudo acaba em grandes gatafunhos como se eu fosse o último dos conceptualistas. e não sou.
o verdadeiro sentido de uma palavra nunca é para mim ele próprio, só, única e exlusivamente. falo como penso, escrevo como desenho. por conceitos. conceitos egoistas, meus que mais ninguém lê. não que eu não queira, apenas porque os não consigo traduzir. falar é sempre uma frustração, é qualquer coisa que fica perto do que quero dizer mas nunca lá chega. como eu

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