domingo, 26 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

sempre foi um esticão no coração





absolutamente maravilhosa vivienne

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

38,5 de pé

tenho saudades de usar as palavras como se fossem umas meias grossas para sair num dia de inverno.
saio sempre desavisada e tenho esta mania de que nunca vai chover. nem nevar; e o que é certo é que nunca neva.
se eu usasse mais vezes as palavras saberia usar o ponto no ponto certo e vírgula no ponto e vírgula.
se eu usasse mais palavras encurtava-nos o caminho.
tem a mesma distância daí para cá, calça-as também.

domingo, 28 de novembro de 2010

Houston, we have a problem

 




John Huston e Paul Newman
The Life and Times of Judge Roy Bean (1972).


agora inês é morta
o céu deve ser um sítio maravilhoso



sr. concha encontra um passarinho doente na praia e mais não sei

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

que duas coisas poderão fazer um ser humano ir a um domingo ao super-mercado em época de natal?

» comprar comida para cão

» comprar água

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ela não pensa que sabe fazer vídeos mas gosta muito de inventar.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

dois espectáculos de uma qualidade inquestionável no espaço de uma semana digamos que não é sorte de principiante.


de tocar o coração I

de tocar o coração II

amigos destes nunca são demais

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

vai tudo dar à mesma merda

ao subir as escadas do teatro nacional d. maria II por um milésimo de segundo vi o WC no logo do MC. 

que tromp-l'oeil fantástico.
apanhei-vos cabrõeszões (com dois tilezinhos e tudo)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010




não se aprecia muito viver por estes dias.
a mim não, a mim dá-me ganas.
nunca gostei de mal agradecidos mas por estes dias tenho apreciado menos.
quanto mais me morrem mais gosto de os viver.
a cruz que se carrega pode ser de pôr ao peito e além disso o kitsch está na moda.

carta nº 1

interrogo-me muitas vezes se terás aí uma casa. quem te lava a louça e as peúgas e essas coisas irrisórias que sustentam a harmonia prática do mundo. deste e desse onde moras.
a tua casa deve ser maior e deve ter um radiozinho de pilhas.
suponho que já saibas que o sporting ganhou.

?

não se fazem perguntas rídiculas. não se fazem.
a menos que tenhas algum motivo de força maior como ter o pai internado ou a casa a arder.
perguntas ridículas são tesouros que têm que ficar guardados secremente no sotão da tua cabecinha. lá mesmo no fundo onde já não vais há tanto tempo que precisas de um mapa para lá chegar.
errar é humano, não é?

bzzzzzz

moscas voavam à minha volta e eu fazia que nem as via (às vezes resulta com as pessoas). se pousavam, sacudia e continuava a ignorar mas a minha vontade era esmagar-lhes o corpo preto com o meu pé disforme.
(tenho a certeza que li em algum lado que isto às vezes também resulta com as pessoas)
de toda a maneira faria um círculo vermelho à volta da tua cara para ter a certeza que não me esqueceria de ti.
ainda que o meu coração sangrasse da mesma tinta e respingasse para cima das tuas unhas e tu sacudisses.
deixa isso e anda beber um chá de tília. tília, eu nem aprecio. faz-me de gengibre que sempre aqueço a garganta para te rezar.
sabes lá a falta que me tens feito, disse eu praticamente de joelhos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

aya takano

lueji voltou ao lago da sua infância. era elíptico, grande, só os bons nadadores o podiam atravessar no sentido do comprimento. as margens estavam cobertas de fetos compridos e também dos mais pequenos, de folhas em palma todas recortadas, os fetos da lunda. brincavam a se mascarar com estes, através dos quais tudo podiam ver. além de muitas outras variedades, o lago era rodeado de plantas com caniços compridos e de folha grande, que davam estranhas flores cor de rosa na ponta de hastes estreitas, as rosas de porcelana.


lueji, pepetela

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

leva-me a casa

hoje ao acordar tinha esta pequena pérola no email enviada pela minha mãe.
só para que conste, são cinco da tarde e ainda me estou a rir.



Na Ribeira:

- Ó Gilda, logo à noite bais às Antas?

- Naue, bou ó cinema.

- Bais ber o quiê?

- Olha, bou ber os "Colhões de Nabarone ".

- Ó Guida, naum é os 'Colhões de Nabarone' , é os 'Canhões de Nabarone'.

- Óh??? Fodasssse!!! Atoun, bou às Antas!!!


obrigada mãe.
até já, vou às antas

todo

terça-feira, 12 de outubro de 2010





podes fugir mas não te podes esconder, dizia-me o desenho que deixei abandonado na toalha do restaurante.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

coisas de fazer o coração grande e gordo




os cinco meninos da ritinha, as minhas queridas adufeiras de monsanto, cantares alentejanos de serpa, meninapatchwork achocolatada, robertos só para mim e os meninos da minha festa.

chapa cinco

irrita muito mais um filme quase-giro do que um filme de merda.






tenho dito.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

seis da tarde

.


tudo se acalma a um sábado à tarde. o verão leva as pessoas e o espaço virtual fica sem vizinhos como na vida real.
sem pressa de estar no lugar certo à hora certa vou aspirar a sala.
talvez limpe também o pó ao coração.



.

terça-feira, 13 de julho de 2010

POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana
hoje estou naqueles dias. não nesses mas nos outros igualmente dispensáveis.


vou enfiar a cabeça no bebedouro dos meus cães e só vir ao de cima daqui a 3 anos.


tenho cinzento desde as pálpebras até às unhas dos pés.


penso agora que enfiar a cabeça no bebedouro dos cães é quase tão romântico como a silvia plath enfiar a cabeça no forno, só que mais ridículo.


trabalho.até não aguentar mais as costas. os olhos. os cabelos.devo trabalhar, sempre me esqueço deste não sei quê armado em não sei que mais que acordou comigo hoje.


já li as previsões da maya. tudo espectacular, para não variar. devia de haver uma maneira de processar esta gente.


já actualizei o facebook com qualquer coisa ainda mais rídicula que o próprio facebook.eu gosto de me rir do ridículo. pelo menos do meu.


noto agora que a tristeza também tende muito ao ridículo. deve ser
a velha máxima de rir para não chorar.


devo trabalhar. e além disso não tenho nada a dizer.


o mundo pode ser cão mas podia ter menos pulgas.


e agora vou dormir antes de ir trabalhar e voltar tudo ao mesmo.
escrevi isto há uns anos no meu blog mais antigo e por ser aberto aqui fica.




a beleza da amizade
ou a beleza de acumular melhores amigos










|eu e o pedro|




a pré primária

se fechar os olhos e fizer muita força ao pensamento ainda consigo visualizar a cara da
minha primeira melhor amiga mas do nome não me lembro. devia ter aí uns três anos e
estávamos no infantário mas deve ter durado pouco tempo porque ela foi morar para outra
cidade. fiquei muito triste mas substitui-a rapidamente pelo pedro que era filho de uns
amigos dos meus pais. era muito bonzinho e gostávamos de apanhar minhocas na terra
para a nossa colecção. mas não as matávamos. durou até à primeira classe.


a escola primária

partilhámos o nervosismo de ir para uma escola nova. foi o meu primeiro colega de carteira e
de sabedoria. deve ter sido uma classe muito rica em melhores amigos porque só nesse ano
acumulei o nuno e logo a seguir a brígida. o nuno foi o meu segundo colega de carteira, suava
muito das mãos de nervosismo quando tinha que ir ao quadro e agarrava na caneta duma maneira
muito esquisita. também era muito bonzinho.foi o meu tom swayer e eu o huclleberry fynn dele.
éramos os melhores amigos das maiores aventuras. uma vez roubámos um português suave sem
filtro ao meu pai e fomos experimentá-lo para o jardim escondidos atrás de um arbusto. não me
lembro qual foi a sensação do cigarro mas lembro que foi a primeira vez que confundi amizade
com amor. ou o contrário.
pronto, passou a brígida a ser a minha colega de carteira mas durou pouco porque mais uma vez
fui atraiçoada pelos pais da minha melhor amiga que decidiram mudar de cidade. ela fazia anos
no mesmo dia que eu e tinha uma franja igual à minha mas era mais dentuça. uma vez fui posta
fora da sala porque disse que tinha sido eu a escrever "o professor é um caberão" em vez dela. mas
ela recuou e assumiu a culpa e veio para a rua comigo. realmente a amizade é incondicional,
percebi eu pela primeira vez. no final das férias grandes foi a última vez que a vi e assim comecei
a terceira classe com um vazio no peito. que triste que pode ser ter um melhor amigo!



o ciclo e a escola secundária

talvez para me proteger da dor, daí até ao segundo ano do ciclo, resolvi tornar-me popular e ter não
um mas um colectivo de melhores amigos. foi uma época muito feliz. caminhávamos lado a lado
triunfantes. a neuza, a liliana, a xana, a teresa, a ana cristina, enfim...tantas não eram demais
naquela alegria de imitarmos a madonna no teledisco do true blue a subir e a descer os meus
sofás como se estivéssemos mesmo lá; como se fossemos trabalhar para a metalúrgica todos
os dias com o sonho de nos tornármos bailarinas como a jennifer beals no flashdance. o que eu
cobiçava os tennis nike da rapariga dos goonies e do michael j. fox no regresso ao futuro...
quando comecei a sentir as primeiras dores de vida encontrei a pati caida do céu como um anjo
para me ajudar a crescer. depois a caroles. apareceu também a ana, trocámos livros da anais nin.
éramos quase grandes e muito sensíveis ao mundo. a célia, a carla e a sónia, ainda bem que tenho
estas pessoas, sou melhor por isso.


a faculdade

a pintura só vi finalmente na plenitude através dos olhos azuis da catarina, a poesia através da nani;
depois veio o gil, um mimo de amigo; a lú, a bárbara...
que coleção invejável de melhores amigos! eu não substituo, eu acumulo, é preciso que se note.
sempre tive esta mania de querer muito as pessoas e de precisar muito delas assim como espero
também lhes fazer falta. é um crescimento brutal.


a vida real

sempre gostei mais de fazer melhores amigos do que amigos simplesmente; foi o que fiz a vida toda
e ainda há bem pouco tempo fiz mais um e espero nunca mais parar.


um beijo no coração de todos, são muito importantes para mim.

31 de março de 2005

segunda-feira, 12 de julho de 2010

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a beleza é uma menina.




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anda-me a alma longe do corpo. desenho infinitos com o dedo. no ar.



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quinta-feira, 8 de julho de 2010

nesta data querida, muitas felicidades

fez ontem 8 anos que fui realmente feliz. ontem. fez anos que fui. e ainda sou. cada vez que jogamos raquetes na praia e compramos um cachorro na roulotte. cada vez mais.

ontem a minha gata mais pequenina voltou a casa depois de quase 3 dias desaparecida. fui feliz.

ontem a minha gata mais crescida, a rita, teve 5 filhotes e eu andava a comprar cachorros na roulotte. fui feliz duas vezes. duas não, oito. por ela, pelo cachorro na roulotte, pelos 5 bebés e por mim que até nem gosto de salsichas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010



as minhas cabeças. o telefone do gil.
madeira de choupo.
fundação de portugal.
cortes e bolhas nas mãos.
satisfação.

(natacha, hoje ainda mais sintética)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010





eu até comentava, se conseguisse...


quando te faltar a luz abre um buraco na tua casa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

às vezes espero por mim numa quarta-feira qualquer.
outras não.
hoje enquanto espero fumo um cigarro chinês.

para a inês mais subtil de todas as subtis

obrigada

terça-feira, 15 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010



que eu nunca saia deste encaixe peça a peça;
nem que peças.
e quando sair que seja este o único carro que me transporte
não para fora mas para dentro onde se alinha a minha franja
no equador da minha testa.

ai que lindeza tamanha

açores



praga


quinta-feira, 20 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

velhos são os trapos

- natacha, um dia deixas a ana guiar o teu carro?
- deixo, claro. mas porquê?
- ah nada. é só porque ela nunca guiou um carro velho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

boa leitura tristeza cura


simone de beauvoir
art shay, chicago 1950

sexta-feira, 30 de abril de 2010

quando o povo diz, ou é ou está para ser

estou num quarto de hotel a descansar antes de começar os espectáculos e oiço a senhora das limpezas nos outros quartos a cantar de forma divinal uma música do zeca afonso.
há de facto momentos mágicos na vida.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

o seu a seu dono

hoje quero falar aqui num dos discos mais completos e que mais me influenciou lá pelo finalzinho dos anos 80, início dos 90 numa época em que quem não gostasse do noiedo dark/new wave não era pessoa normal. eu que sempre fui do ritmo, não ía nessas cantorias, algumas até só vim a gostar passados 20 anos, o que me faz concluir que sou pessoa mais permeável hoje do que era com 19 anos. crescer vale a pena.
a carmel tinha o ritmo, era actual -e pasmeme-se- inglesa; isso contribuiu grandemente para me sentir mais integrada numa adoslescência marginal musicalmente.
cheguei a ouvir pérolas do género "o quê, andas nas belas-artes e não gostas de joy division?!" o que me levava a ter discussões queixoteanas para explicar que a música brasileira não era só mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar durante horas a fio.
enfim isto hoje não faz sentido nenhum até porque a world music (detesto este conceito) começou a entrar na moda muito por culpa, diga-se de passagem, da colectânea red hot. hoje é-se culto musicalmente por gostar de sons do mali ou do curdistão. e ainda bem, digo eu.

resumindo, gosto muito deste disco ainda que isso não interesse nem ao menino jesus.




carmel aqui
e aqui
e ainda aqui

e por esse youtube a fora

segunda-feira, 26 de abril de 2010