
devias vir. eu fazia-te um chá de erva cidreira e ficávamos a falar dos teus pais e dos teus avós até serem horas de fazer os bifes de perú para o jantar. era quentinho quando eu não precisava de achar que devias vir. tão quente que eu nem sabia que havia frio. às vezes, lá no fundo dos teus olhos davas-me vontade de chorar de felicidade, tu vias-me inteira e eu nem pensava em filosofias. nada precisava ser real enquanto estavas por perto. depois perguntei muito pelo mundo só para chegar à conclusão que apenas precisava de ti. devias vir ou eu ía ter contigo. é assim simples. só isto, afinal.