sexta-feira, 29 de outubro de 2010

vai tudo dar à mesma merda

ao subir as escadas do teatro nacional d. maria II por um milésimo de segundo vi o WC no logo do MC. 

que tromp-l'oeil fantástico.
apanhei-vos cabrõeszões (com dois tilezinhos e tudo)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010




não se aprecia muito viver por estes dias.
a mim não, a mim dá-me ganas.
nunca gostei de mal agradecidos mas por estes dias tenho apreciado menos.
quanto mais me morrem mais gosto de os viver.
a cruz que se carrega pode ser de pôr ao peito e além disso o kitsch está na moda.

carta nº 1

interrogo-me muitas vezes se terás aí uma casa. quem te lava a louça e as peúgas e essas coisas irrisórias que sustentam a harmonia prática do mundo. deste e desse onde moras.
a tua casa deve ser maior e deve ter um radiozinho de pilhas.
suponho que já saibas que o sporting ganhou.

?

não se fazem perguntas rídiculas. não se fazem.
a menos que tenhas algum motivo de força maior como ter o pai internado ou a casa a arder.
perguntas ridículas são tesouros que têm que ficar guardados secremente no sotão da tua cabecinha. lá mesmo no fundo onde já não vais há tanto tempo que precisas de um mapa para lá chegar.
errar é humano, não é?

bzzzzzz

moscas voavam à minha volta e eu fazia que nem as via (às vezes resulta com as pessoas). se pousavam, sacudia e continuava a ignorar mas a minha vontade era esmagar-lhes o corpo preto com o meu pé disforme.
(tenho a certeza que li em algum lado que isto às vezes também resulta com as pessoas)
de toda a maneira faria um círculo vermelho à volta da tua cara para ter a certeza que não me esqueceria de ti.
ainda que o meu coração sangrasse da mesma tinta e respingasse para cima das tuas unhas e tu sacudisses.
deixa isso e anda beber um chá de tília. tília, eu nem aprecio. faz-me de gengibre que sempre aqueço a garganta para te rezar.
sabes lá a falta que me tens feito, disse eu praticamente de joelhos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

aya takano

lueji voltou ao lago da sua infância. era elíptico, grande, só os bons nadadores o podiam atravessar no sentido do comprimento. as margens estavam cobertas de fetos compridos e também dos mais pequenos, de folhas em palma todas recortadas, os fetos da lunda. brincavam a se mascarar com estes, através dos quais tudo podiam ver. além de muitas outras variedades, o lago era rodeado de plantas com caniços compridos e de folha grande, que davam estranhas flores cor de rosa na ponta de hastes estreitas, as rosas de porcelana.


lueji, pepetela

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

leva-me a casa

hoje ao acordar tinha esta pequena pérola no email enviada pela minha mãe.
só para que conste, são cinco da tarde e ainda me estou a rir.



Na Ribeira:

- Ó Gilda, logo à noite bais às Antas?

- Naue, bou ó cinema.

- Bais ber o quiê?

- Olha, bou ber os "Colhões de Nabarone ".

- Ó Guida, naum é os 'Colhões de Nabarone' , é os 'Canhões de Nabarone'.

- Óh??? Fodasssse!!! Atoun, bou às Antas!!!


obrigada mãe.
até já, vou às antas

todo

terça-feira, 12 de outubro de 2010





podes fugir mas não te podes esconder, dizia-me o desenho que deixei abandonado na toalha do restaurante.